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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Causa de falência de uma relação amorosa é multifatorial

Causa de falência de uma relação amorosa é multifatorial Karina Simões "O fato é que tentar reduzir a uma simples equação matemática a história de um relacionamento amoroso, sem o entendimento dos muitos fatores que influenciam um sentimento, pode levar uma pessoa a comportamentos e emoções inadequadas" A satisfação do amor está na vivência da emoção experimentada e o amor pouco presta conta à razão. Quando se ama, não há preocupação em saber de onde vem o amor, o que ele pretende, por que ele chegou e por que deve ficar. Simplesmente se sente. Contudo, quando ele dá sinais de despedida, a emoção e os pensamentos mudam completamente. Nesse momento surgem milhões de teorias e explicações, por vezes baseadas na culpa, para se chegar à lógica do "desamor". Ora se atribui ao outro (a) a responsabilidade pelo fim do sentimento, ora a si própria por ter de algum modo contribuído para a falência da relação. É certo que o fim de um relacionamento amoroso terá sempre a influência de todas as partes envolvidas e nunca terá como causa um único fator. Em meu consultório chegam constantemente situações de sofrimento onde a queixa maior é a transformação das relações amorosas que passam a ter uma dinâmica diferente daquela que um dia existiu. É comum ouvir expressões do tipo: "antes não era assim", "as coisas mudaram muito" ou "não sei o que está acontecendo". Tudo isso leva as pessoas a desenvolverem hipóteses que vão do possível ao absurdo: "Será que ele (a) tem outra (o)?", "Será que não presto mais para ser amada (o)?", "Será que fiquei velha (o) demais para satisfazê-lo (a)?". O fato é que tentar reduzir a uma simples equação matemática a história de um relacionamento amoroso, sem o entendimento dos muitos fatores que influenciam um sentimento, pode levar uma pessoa a comportamentos e emoções inadequadas; até extremistas e de muito sofrimento. Assim, vejo muitas pessoas reagirem de modo inconveniente diante de certos pensamentos (expostos acima em forma de perguntas) de que foram rejeitadas ou abandonadas. O amor é fruto do desejo e esse sofre interferência direta do tempo. As pessoas mudam. Não mudam por que são boas ou ruins, mudam porque sofrem a influência de fatores endógenos (internos - nossas crenças) e exógenos (externos - os acontecimentos), mudam por que mudam seus desejos e por isso nunca serão as mesmas. Nesse contexto, o amor sempre virá com suas propostas de reedição. Crescer e envelhecer junto de quem se ama é muito mais que um sonho possível. Mas, quando existe o desencontro momentâneo desse propósito ou mesmo duradouro (o que também é possível), numa ou noutra situação, será necessário fazer um caminho de compreensão responsável para se ter a autonomia na decisão de como agir na busca da permanência do amor vivido ou na possibilidade de poder sair do relacionamento de um modo menos traumático e doído. Como agir diante de um coração que reclama reciprocidade no amor? Até que ponto é possível ir ou aceitar em nome do amor? Até quando vale a pena tentar reeditar ou reinventar o amor? Ainda é possível esperar que as coisas mudem? O que pode e o que não pode mudar? O que devo fazer e o que não posso permitir? Todas essas perguntas têm respostas e poderão ser conhecidas, mas não estarão escritas no singular, ao contrário, estarão grafadas na conjugação de sua complexidade e parte de uma única verdade: amar-se ... para ser possível amar a Deus e aos outros

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