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terça-feira, 15 de outubro de 2013

"Viciados" em smartphones adotam estratégias para limitar o uso do aparelho

'Viciados' em smartphones adotam estratégias para limitar o uso do aparelho JULIANA VINES Eles estão no meio de nós, em todos os lugares. Mas a onipresença dos smartphones não é unanimidade: já há quem tenha decidido restringir seu uso como uma forma de "detox digital". A expressão virou moda nos Estados Unidos, onde já existem iniciativas formais: acampamentos de desintoxicação que desafiam usuários a passar alguns dias off-line. Por aqui, não há nada parecido, só ações individuais de quem admite ser um "heavy user", termo que descreve usuários frequentes. Se a ideia de desligar o aparelho lhe parece absurda e esquecê-lo em casa é motivo de desespero, você é um deles. O publicitário Danilo Augusto de Oliveira, 23, depois de ouvir reclamações dos pais, decidiu ficar uma semana sem usar a internet do aparelho e comprovou: há, sim, vida sem smartphone. "Fiquei mais produtivo. Li mais, escrevi e conversei mais com a minha família." Por outro lado, as esperas em filas se tornaram maiores. "Eu sempre jogo nessas horas. Também senti falta de tirar fotos e postar no Instagram. Mas acabei percebendo que tirava fotos demais." Hoje, um ano depois do jejum, ele mantém as notificações de redes sociais desativadas e já recomendou a experiência a alguns amigos, sem sucesso. CAMINHO SEM VOLTA A venda de celulares com internet no Brasil cresceu 110% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado (dados da consultoria IDC). Até o fim deste ano, estima-se que haverá 6,8 bilhões de celulares no mundo, 40% deles ligados à internet, segundo números da União Internacional de Telecomunicações, órgão ligado à ONU. A antropóloga Sandra Rubia da Silva, que estuda o impacto dos aparelhos do cotidiano, diz que muitos têm uma relação afetiva com o smartphone. "Esse é um fenômeno que se disseminou rapidamente, em pouco mais de dez anos, e mudou as relações sociais. Tem quem almoce, jante e durma com o celular", diz Silva, professora da Universidade Federal de Santa Maria. A conexão 24 horas acabou com a separação entre vida profissional e pessoal, diz a psicóloga Daniela Romão-Dias, professora da PUC-Rio. "Ter o mundo às mãos é irresistível, é uma concorrência desleal com a realidade." Fabio Braga/Folhapress O diretor comercial Heber Galarce, 32, com o "copo off-line", no bar Salve Jorge, na Vila Madalena O diretor comercial Heber Galarce, 32, com o "copo off-line", no bar Salve Jorge, na Vila Madalena As demandas infinitas de e-mails, aplicativos e redes sociais podem gerar angústia, afirma Dora Sampaio Góes, psicóloga do Grupo de Dependência de Internet do Hospital das Clínicas. "No smartphone é tudo para ontem. Mas devemos questionar: é urgente mesmo? Preciso deixar de interagir com os outros para responder uma mensagem?" Quem já sente prejuízo causado pela tecnologia, como queda na produtividade, deve tentar, primeiro, corrigir o problema sozinho, sugere o psiquiatra Aderbal Vieira Junior, da Unifesp. Para isso, basta criar algumas regras. Se não funcionar, procure ajuda. A arquiteta Anne Cuchi, 33, hoje adepta da ideia "menos wi-fi, mais conversa", já propôs aos amigos, no bar, deixar os smartphones no centro da mesa: quem pegar primeiro paga a conta. "Eu resisti bravamente. Meu maior vício é o Instagram. Hoje deixo desligados os alertas do Facebook e de conversas em grupo." O diretor comercial Heber Galarce, 32, estava no bar quando um de seus amigos pediu um "copo off-line" para ele, que se diz viciado. O copo, servido no bar Salve Jorge, em São Paulo, é uma tulipa que só para em pé se for apoiada em um celular. "Serviu como puxão de orelha", diz Heber, que, durante a entrevista, responde a mensagens no Whatsapp. Essa não é a primeira tentativa de trazer as pessoas de volta à mesa do bar. No Venga, no Rio, os roteadores de wi-fi foram renomeados com palavras formando a frase "Ah, largue o celular, curta o momento".

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