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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Você tem boa noção da imagem que as outras pessoas têm de você?

Você tem boa noção da imagem que as outras pessoas têm de você? Aílton Amélio Uma das experiências sociais mais interessantes que já tive foi a de tentar descobrir como eu era percebido por outras pessoas que me conheciam há pouco tempo. Para obter essa imagem, no início da primeira aula de um curso que eu estava mininstrando, pedi para meus alunos que escrevessem cinco atributos positivos e cinco negativos que eu parecia ter. Desta forma, obtive uma lista de atributos positivos e negativos que eu inspirava nas pessoas após poucos contatos e na condição de professor. Fiz uma lista daqueles atributos que foram citados por pelo menos dois alunos. Em seguida, procure registrar cada um deles de uma forma neutra (por exemplo, de diziam que eu era “Muito sério” e registrava “Seriedade”). Em baixo de cada um dos atributos adicionei uma escala que ia desde – 3 (“Concordo totalmente”) até +3 (“Discordo totalmente”) e pedi para todos os alunos que me avaliassem novamente só que, desta vez, usando a escala para avaliar se eu tinha ou não tinha a característica apontada pelo atributo (por exemplo, “Seriedade”) e a sua intensidade (por exemplo, +2). Fiquei surpreso com muitas das avaliações: alguns dos atributos da lista eram avaliados de forma muito semelhantes pelos alunos e outros de uma forma diversificada. Alguns dos atributos avaliados uniformemente me surpreenderam tanto muito, tanto agradável quando desagradavelmente. Não imaginava que eu passasse aquelas impressões ruins em algumas áreas e boa em outras. Coincidências e discrepâncias entre auto e heteroimagem Em uma pesquisa que realizei, obtive avaliações de cinco pessoas por parte de três tipos de avaliadores: (1) as próprias pessoas se autoavaliaram, (2) as avaliações foram realizadas pelos colegas de classe e (3) as avaliações foram realizadas por desconhecidos que assistiram a vídeos com três minutos de duração, cada um dos quais mostrando uma das cinco pessoas durante um teste de memória que foi gravado sem elas saberem. Todas as avaliações foram realizadas através de um questionário contendo vinte e sete afirmações que as pessoas costumam fazem quando comentam sobre outras pessoas (segurança, simpatia, inteligência, etc.). Este estudo mostrou que há muita variação entre as avaliações provenientes destas três fontes: elas podem variar desde extremamente diferentes até extremamente similares. Por exemplo, em certos casos a autoavaliação era semelhante à avaliação realizada pelos colegas de classe e por desconhecidos. Outras vezes a autoavaliação era bem diferente aos dois outros tipos de avaliação. Existem evidências de que a semelhança entre a auto e a heteroavaliação, quanto à imagem projetada, é um sinal de saúde psicológica: a pessoa não tem uma imagem distorcida de si, nem para melhor nem para pior. Complô do silêncio A nossa autoavaliação muitas vezes não é muito boa porque existe uma regra social que, na ausência de fortes razoes em contrário, manda nossos interlocutores fingirem que acreditam naquela imagem que estamos tentando projetar. Por isso, nunca sabemos direito que tipo de imagem estamos realmente projetando. O que é percebido pode ser mais importante do que é real Vários estudos mostraram que aquilo que é percebido tem mais efeitos práticos do que o “real”. Por exemplo, quão bela uma pessoa acredita que ela é, dentro de certos limites, está mais relacionado com o seu sucesso amoroso do que a avaliação da sua beleza “real” realizada por terceiros. A crença na própria beleza produz mais segurança e motivação positiva para agir em situações sociais, o que acaba aumentando as chances de sucesso. Outro estudo verificou que aqueles que têm melhor autoestima também têm parceiros mais qualificados do que aqueles que têm pior autoestima. Quando a fantasia é melhor do que a realidade A autoestima é um fenômeno que ilustra bem o princípio de que a visão correta da realidade nem sempre é a melhor opção: as pessoas que são muito realistas a respeito de si próprias geralmente têm baixa autoestima. Quem tem boa autoestima geralmente é otimista sobre si próprio. Tende a exagerar um pouco os próprios méritos. No entanto, quando há muito exagero nas autoavaliações não é típico das pessoas que têm boa autoestima. Outro fenômeno onde certa distorção na percepção é um bom sinal é na área amorosa: aqueles que amam tendem a ver a pessoa amada como melhor do que ela é vista pelos amigos.

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