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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Voltou de férias e já se sente esgotado?

Voltou de férias e já se sente esgotado? Edson Toledo "Síndrome de burnout pode ser confundida com estresse" Se você respondeu sim caro leitor, acho que está na hora de falarmos sobre o assunto, especificamente sobre o desequilíbrio na sua saúde profissional que pode estar associado desde uma insatisfação até o fato de levá-lo a sentir exausto. Pois bem, o tema de hoje é síndrome de burnout. O termo burnout, segundo a língua inglesa é a união de dois termos: burn (queimar) e out (fora) cuja tradução menos literal pode ser algo como "ser consumido pelo fogo", mas segundo o psicólogo Herbert Freudenberger que cunhou o termo em 1974, burnout é falhar, desgastar-se ou sentir-se exausto devido às demandas excessivas de energia, força ou recursos. Mas foi à pesquisadora Christina Maslach que em 1982 definiu essa síndrome de uma forma avassaladora ao dizer que o burnout é uma síndrome de fadiga emocional, despersonalização e de uma autoestima reduzida, que pode ocorrer entre indivíduos que trabalham em contato direto com clientes ou pacientes. Assim, o burnout pode afetar várias classes de profissionais como médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, advogados, dentistas, professores, bancários, profissionais de telemarketing, vendedores, recepcionistas, entre outros. A música intitulada Burnout, da banda californiana de punk rock Green Day, nos dá uma concepção sintética e popular dessa síndrome, traduzida no sentimento que a letra expressa tão apropriadamente. Abaixo à versão traduzida da letra: Eu declaro que não me importo mais Estou "queimando" e ficando ENTEDIADO. Em meu ABORRECIDO quarto enfumaçado Meu cabelo está entrando em meus olhos Arrastando meus pés para a rua esta noite Para dirigir entre as luzes dessa cidade de merda Eu não estou crescendo, estou só "queimando" E me alistei para caminhar entre os MORTOS. Choveu apatia em mim Agora eu me sinto como um sonho ensopado Tão perto de me afogar, mas EU NÃO LIGO. Eu vivi nessa caverna de metal Atiro meus sonhos no túmulo INFERNO, quem precisa deles, afinal Eu não estou crescendo, estou só "queimando" E me alistei para caminhar entre os MORTOS. Podemos entender a síndrome de burnout como um conceito multidimensional que envolve vários componentes: - exaustão emocional: ocorre quando a pessoa percebe nela mesma a impressão de que não dispõe de recursos suficientes para dar aos outros. Surgem sintomas de cansaço, irritabilidade, propensão a acidentes, sinais de depressão, sinais de ansiedade, uso abusivo de álcool, surgimento de doenças psicossomáticas; - despersonalização: corresponde ao desenvolvimento por parte do profissional, de atitudes negativas e insensíveis em relação às pessoas com as quais trabalha tratando-as como objetos; - diminuição da realização e produtividade profissional: geralmente conduz a uma avaliação negativa e baixa de si mesmo; - depressão: sensação de ausência de prazer de viver, de tristeza que afeta os pensamentos, sentimentos e o comportamento social. Estas podem ser breves, moderadas ou até graves. Como a grande maioria dos casos de adoecimento psicológico com consequências de somatização, o tratamento da síndrome de burnout deve compreender uma estratégia multidisciplinar: farmacológico, psicoterapêutico e médico. É sempre importante ressaltar a relevância de um diagnóstico realizado de maneira adequada seja por um psicólogo, seja por um médico psiquiatra, para evitar que se cometam erros diagnósticos, como a confusão entre burnout e depressão, bastante comum nos estágios iniciais, pela similaridade de sintomas. Com relação ao uso de medicamentos, o tratamento normalmente associa-se a antidepressivos e ansiolíticos. Esse tratamento deve estar vinculado ao acompanhamento psicológico que potencializa os efeitos do uso de medicamentos através da ressignificação e da retomada dos sentidos da história de vida do sujeito. Além desses, o acompanhamento médico e a alteração de hábitos são dimensões importantes. O encaminhamento para novas práticas cotidianas como exercícios físicos e de relaxamento podem ser importantes aliados no tratamento. Síndrome de burnout pode ser confundida com estresse Um dos grandes problemas que surge quando se fala da síndrome de burnout é que ela pode ser confundida com o estresse. Assim vale um breve esclarecimento mostrando as diferenças entre o burnout e o estresse. Síndrome de burnout Estresse Burnout envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, é assim uma experiência subjetiva, envolvendo atitudes e sentimentos que vêm acarretar problemas de ordem prática e emocional ao trabalhador e à organização. Estresse envolve mais atitudes e condutas. É um esgotamento pessoal com interferência na vida do indivíduo e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Estudo realizado por especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS), considerou o burnout como uma das principais doenças dos europeus e americanos, ao lado do diabetes e das doenças cardiovasculares. Já um levantamento alemão estimou-se que 4,2% de sua população de trabalhadores era acometida pela síndrome. O impacto em relação ao declínio da integridade da saúde mental mundial está se intensificando. De acordo com as Nações Unidas, o mundo será mais velho, mais populoso e mais pobre aproximadamente em 2050. Como as condições ao seu redor criam tensão (estresse) e ansiedade, mais pessoas serão suscetíveis a transtornos mentais e segundo a OMS, "Nossa saúde mental tem um impacto opressivo em nossas habilidades para funcionar e participar na sociedade. Temos de começar a colocar mais de nossos recursos a favor da saúde mental". Então fica ai a dica, para que não nos esqueçamos de que o trabalho é uma atividade que pode ocupar grande parte do tempo de cada indivíduo e do seu convívio em sociedade e que ele nem sempre possibilita realização profissional, pode, ao contrário, causar problemas desde insatisfação até exaustão.

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