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quinta-feira, 27 de março de 2014
Estrutura cerebral que permite empatia é disfuncional no autismo
Estrutura cerebral que permite empatia é disfuncional no autismo
O sistema límbico possibilita a compreensão do outro em um cérebro comum, mas sofre distorções em cérebros autistas
Do ponto de vista neurológico, os cérebros humanos em geral são “equipados” para permitir que seu feliz proprietário pense sobre si mesmo e sobre os outros – e assim crie formulações, prevendo intenções e consequentemente comportamentos de seus semelhantes. Essa compreensão oferece respaldo à capacidade de cooperar e aprender com o próximo. Em suma, possibilita a interação social.
Para compreender melhor esse funcionamentos, a pesquisadora Rebecca Saxe desenvolveu um experimento delicado e interessante: desativou temporariamente a região da junção temporoparietal direita do cérebro de voluntários saudáveis mantendo um ímã sobre o crânio. Conscientes durante todo o experimento, eles realizaram testes nos quais deveriam considerar as crenças alheias ao fazer julgamentos morais. Nessas condições, encontraram inúmeras dificuldades de mudar o próprio ponto de vista e obtiveram péssimos resultados – embora anteriormente tivessem se saído muito melhor em questionários semelhantes.
A maioria das pessoas autistas, no entanto, não compreende que cada um tem os próprios pensamentos e pontos de vista e um modo único de ser. Consequentemente, elas não entendem crenças, emoções e atitudes alheias. Para explicar alguns sintomas secundários do autismo – um quadro marcado pela hipersensibilidade, ausência de contato visual, aversão a determinados sons – tem sido usada, principalmente nos Estados Unidos, a hipótese da existência de um mapa topográfico emocional. Na criança sem o transtorno, as informações sensoriais são enviadas para a amígdala, a porta de entrada do sistema límbico, área responsável pelo processamento de emoções. Usando o conhecimento armazenado, a amígdala determina a resposta emocional que deve dar a cada estímulo que recebe e, com o tempo, cria vários significados emocionais do ambiente. Naqueles que sofrem do distúrbio do espectro autista, porém, as conexões entre amígdala e áreas sensoriais tendem a apresentar distorções, o que na prática resulta em reações emocionais extremadas a estímulos e fatos sem importância e descaso em relação ao que é fundamental para as outras pessoas.
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