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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Teste Vocacional ou Orientação Profissional

Teste Vocacional ou Orientação Profissional? Embora para alguns pareçam ser o mesmo processo, possuem características diferentes. A meta, porém, é a mesma: ajudar a pessoa a decidir sobre qual profissão seguir Por Maria Luiza Dias Em geral, chama-se Teste Vocacional o processo de orientação apoiado em uma bateria de testes (de interesse, aptidão, inteligência, personalidade) que tem por objetivo contar para o estudante "como ele é e para o que ele dá". O processo de testagem pode ser comparado a uma fotografia que revela aspectos da pessoa. O indivíduo, neste caso, geralmente recebe um laudo que aponta o perfil pessoal encontrado, acompanhado de sugestões de áreas para atuação. Já os termos Orientação Vocacional e Orientação Profissional podem ser usados no mesmo sentido, para denominar o processo no qual o orientador vocacional/profissional propicia experiências para que a pessoa reflita sobre si mesmo e as áreas profissionais em que poderia atuar. Estamos falando, então, de um programa de atividades voltado à facilitação da escolha da profissão ou do encontro de uma nova opção no mundo ocupacional. Nessa linha, os processos de orientação poderão utilizar alguns testes como complemento do trabalho junto com outras ferramentas. Eles podem integrar os recursos a serem utilizados, contudo não definem em si mesmos o processo de orientação. Desse modo, o orientador pode ser concebido como um tipo de coadjuvante, que procura proporcionar experiências e trazer novos elementos para o indivíduo avaliar, considerar e se posicionar. Trata-se de uma construção conjunta, realizada pelo indivíduo com o orientador, que tem por objetivo final conseguir a tomada de decisão do indivíduo sobre a opção ocupacional e a idealização de um plano de carreira. Cabe ressaltar que a Orientação Profissional é dirigida ao indivíduo em qualquer idade, desde que ele tenha uma questão profissional a pensar. Nesta direção, encontram-se trabalhos não só voltados aos vestibulandos, vertente mais conhecida, mas também programas voltados a universitários, adultos em todas as fases do ciclo produtivo, executivos, aposentados, portadores de necessidades especiais, egressos de hospitais que necessitem reoptar, desempregados, entre outros segmentos específicos. Já a Orientação Vocacional refere-se ao conjunto de qualidades ou características pessoais que predispõem uma pessoa a sair-se bem em determinadas atividades. Esse conceito, no passado, foi associado à noção de dom, que implica na ideia de que há uma predisposição ou capacidade inata (tendência ou inclinação), herdada, para determinadas atividades. A noção de que herdamos, ou seja, nascemos com predisposições naturais, pode ser questionada. O termo Orientação Vocacional ainda é mais utilizado por adolescentes e seus pais. Muitos pais usam o nome Teste Vocacional quando telefonam e solicitam informações sobre o processo de Orientação Profissional. Para evitar essa imagem de que o orientador profissional irá por meio de testes localizar o dom inato do indivíduo, cujo desenvolvimento permitirá que ele, nalmente, seja feliz no que faz, muitos pro ssionais preferem substituir o termo pelo de Orientação Profissional. Isso é importante porque é necessário que o indivíduo, seja ele um vestibulando ou profissional já inserido no mercado, responsabilize-se pelo processo de autoconhecimento e escolha, não podendo transferir tal responsabilidade para o profissional que o assiste neste contexto. A Orientação Profissional precisa considerar o mundo interior do indivíduo, com seus interesses, fantasias, desejos e seu próprio projeto para o futuro Podemos sempre desenvolver novas habilidades e apresentar novas competências porque somos capazes de aprender na vida toda Inato ou aprendido Pensar que já nascemos com um dom que teremos de descobrir ou decifrar torna-se um obstáculo, pois desconsidera que muitos dos nossos interesses são desenvolvidos dentro do tipo de socialização que vivenciamos, em nossa inserção na família e na sociedade mais ampla. Além de que, precisamos sempre lembrar que habilidades que não tenhamos ainda desenvolvido podem ser desenvolvidas se delineamos metas para alcançá-las em que necessitamos de outras competências. Quando o indivíduo está aberto a aprender, muitas outras portas podem se abrir. Nesta direção, grande parte dos trabalhos oferecidos na área, no mundo atual, não é mais alicerçada apenas em uma bateria de testes, pois entendese que a Orientação Profissional precisa considerar, sobretudo, o mundo interior do indivíduo: seus interesses, fantasias, desejos e seu próprio projeto para o futuro. Isso, evidentemente, sem esquecer a complexidade das relações existentes nas sociedades e nas relações de trabalho. Mais do que voltar o trabalho de orientação para detectar o que uma pessoa pode fazer bem, considera-se o que ela deseja fazer. ● Teste Vocacional ● A grande variedade de profissões torna a escolha da carreira no mínimo desgastante. São muitas as opções e ramificações de áreas e é preciso muito cuidado e informação para fazer esta escolha. Afinal, há um investimento enorme de energia, dinheiro e sonhos que devem ser levados em conta. . O processo de orientação apoia-se em uma bateria de testes (de interesse, aptidão, inteligência, personalidade) que tem por objetivo contar para o estudante "como ele é e para o que ele dá". Ele pode ser comparado a uma fotografia que revela aspectos da pessoa. Os trabalhos contemporâneos, em geral, incluem ou não o uso de testes, em meio a muitas outras ferramentas, como recurso acessório ao lado de entrevistas. Os testes de interesse são mais comumente utilizados. Paulatinamente, os testes de aptidão e de inteligência foram postos de lado na Orientação Profissional voltada a jovens, uma vez que o adolescente pode vir a desenvolver aptidões que ainda não apresenta se tiver uma meta aspirada e não possui déficit intelectual, já que chegou ao ensino médio. Obter um resultado elevado em testes que medem raciocínio lógico não garantirá a obtenção de uma vaga em uma faculdade concorrida, pois isso também depende da dedicação aos estudos, já que o processo seletivo mede nível de conhecimento. A Orientação Profissional é dirigida ao indivíduo em qualquer idade, desde que ele tenha uma questão profissional a pensar Um programa de Orientação Profissional pode incluir atividades e dinâmicas para sondagem de interesses, promover autoconhecimento, pesquisar sobre o mundo educacional e o mercado de trabalho, pensar o processo de escolha, entre outros elementos. No atendimento a adolescentes, o trabalho pode prever a presença dos pais na primeira e última entrevista, além da utilização de técnicas e dinâmicas que colham as imagens da família relativas ao momento de escolha profissional do jovem. Recorrer a uma Orientação Profissional pode ser muito útil! É a própria pessoa, com alguma participação do seu orientador, que poderá definir o caminho a seguir. Investir em si mesmo e em quem depende de você pode ser uma alternativa segura para a construção de uma carreira produtiva e interessante. Escolhas e o futuro Somos nossas escolhas. Ser ativo no próprio processo de carreira é primordial, pois só teremos acesso ao que plantamos. Se a pessoa pertence ao quadro de colaboradores de uma empresa ou instituição, além de esperar que seu gestor contribua com seu progresso, oferendo-lhe boas oportunidades de crescimento e capacitação, necessita cuidar do próprio desenvolvimento e de sua empregabilidade, por si mesmo, responsabilizando-se por seu lugar no mundo do trabalho. Fazer ações sempre nessa direção pode ser fundamental para o sucesso de uma carreira. Cabe lembrar que, quando se está diante de alternativas novas, por mais que a situação nos seja atraente, pode acontecer de a pessoa sentir receio diante do desconhecido. Há quem diga que o medo do novo é universal, ou seja, esperado e vivido por todo ser humano. Bom, esta não é mesmo uma experiência rara e tem-se que admitir que isso possa acontecer conosco. É primordial que o indivíduo procure pegar a direção da sua vida (também da profissional) em suas mãos. O novo assusta, mas também pode ser enriquecedor. Tomar cuidado para não se deixar influenciar pelas opções que estão na moda no próprio grupo de identificação é importante, pois cada pessoa é singular e pode ter um interesse particular, sem que os demais compartilhem da sua proposta. Isso pode fazer a pessoa se sentir solitária, inicialmente, para desbravar uma esfera do conhecimento por si mesma até que, na experiência educacional futura, ela faça, então, novos amigos. Apostar em si mesmo com independência também é necessário em algumas ocasiões nas quais as escolhas são fora do padrão vigente. Afinal, quem vai passar grande parte da vida nessa atividade é a própria pessoa. Para que o indivíduo possa ousar pensar em caminhos diferentes é importante tomar cuidado com: conservadorismo (uma vez que tenha identificado o próprio tema de interesse, a sugestão é que o indivíduo possa desenhar todo o espectro de alternativas para desenvolver-se no ofício escolhido e, para isso, é importante poder exercitar um raciocínio mais flexível e brincar com as ideias, no lugar de prender-se ao recurso mais comum); desinformação (informar-se sobre a área de interesse e conversar com coordenadores de cursos para obter informações atualizadas sobre as frentes possíveis e alternativas de continuidade na formação é indispensável); preconceito (imagem preconcebida de uma realidade, que se forma antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; um indivíduo só pode escolher o que conhece realmente); dependência (guiar-se pelo que está fora, por alguém de fora, pelo que dá status pode ser um grande desastre, pois se vai assumindo uma feição que se pensa que o outro quer ver, mas que pode não ter nada a ver consigo mesmo); influência dos amigos (cada pessoa é singular e pode ter um interesse especialmente seu). O orientador profissional trabalha junto com o orientando para pesquisar caminhos e delinear um plano de carreira Coaching, consultoria, assessoria... A Orientação Profissional e o coaching são dois programas de trabalho distintos, ainda que em alguns momentos ambos possam ter semelhanças quando tratam, por exemplo, da escolha pela profissão ou da transição de carreira. O coaching auxiliará o indivíduo a desenvolver-se profissionalmente visando torná-lo mais apto para concretizar sua escolha profissional e garantir sua boa evolução no trajeto. Contudo, é a Orientação Profissional que atuará como coadjuvante para ajudar o indivíduo a decidir qual caminho profissional seguir, identificando o campo no qual quer atuar, baseado em seus interesses. Consultoria, assessoria, planejamento de carreira são termos que surgiram, na atualidade, para designar o trabalho que assiste o indivíduo adulto no trilhar de sua carreira. São termos que emergiram antes do boom do trabalho do coach com seu coachee (profissional que recebe o coaching de seu coach). Um programa de Orientação Profissional pode incluir atividades e dinâmicas para sondagem de interesses ● Orientação Vocacional ou Profissional ● É o processo no qual o orientador vocacional/profissional propicia experiências para que a pessoa reflita sobre si mesma e as áreas profissionais em que poderia atuar. Os processos de orientação poderão utilizar alguns testes como complemento do trabalho, junto com outras ferramentas. No momento de escolher um programa para desenvolvimento pessoal é importante se informar. Procurar os serviços que promovem desenvolvimento pessoal, marcar uma entrevista e conversar com o profissional que oferece o programa podem ser primordiais. Investir em autoconhecimento é fundamental no mundo contemporâneo. Nem sempre são as pessoas de elevado QI (Quoeficiente de Inteligência) que atingem seus objetivos profissionais. O nível de complexidade presente no trabalho exige, além do recurso intelectual, uma inteligência emocional e uma boa autoestima. Quanto aos testes aplicados, são instrumentos de livre escolha do orientador, que levará em conta as necessidades do orientando. Em geral, utilizam-se testes para sondagem de interesses e alguns para avaliação de características de personalidade. A partir do resultado, pode-se ajudar o adolescente a se conhecer e a refletir sobre suas expectativas futuras. Quando se trata de planejamento de carreira para adultos, o trabalho foca na revisão/reorientação/ planejamento de carreira. Sabe-se que a eficiência da Orientação Profissional está diretamente ligada à boa parceria entre orientando e orientador, na tarefa de promover o autoconhecimento e o conhecimento da realidade educacional e ocupacional e de buscarem, juntos, respostas para questões ligadas ao projeto profissional. PARA SABER MAIS Orientação Profissional na 3ª Idade Sempre há tempo para criarmos caminhos mais firmes, novos, atrativos, prósperos... Aprender e criar não tem limite quando há vida e disposição. Na sociedade em que vivemos, encontramos muitos rótulos, e o indivíduo, por vezes, já é considerado velho para algumas atividades muito precocemente, dependendo do segmento em que atua. A velhice pode estar associada à inapetência, prejuízo, perda de capacidade. Claro que com a evolução do ciclo vital, muitas coisas mudam em todos os períodos do percurso, porém não precisamos retirar da maturidade boas condições de produtividade e de realização pessoal. Nosso idoso pode criar, conquistar, aprender e ensinar, produzir, porque essas funções estão presentes em todas as idades. Encontrar uma atividade ocupacional remunerada, adequada à condição de cada um, nessa fase da vida, pode significar promoção da saúde, bem-estar, benefício social, além de representar um complemento de renda, associado aos conhecidos baixos recebimentos de aposentadoria, que não fazem frente às enormes necessidades financeiras presentes para quem sobrevive em uma sociedade como a nossa. Recuperar sonhos antigos pode ser uma oportunidade. Fazer o luto da vida profissional não tida pode engendrar a força necessária à abertura de um novo projeto, adequado ao momento presente, uma vez que é somente sobre ele que temos alguma garantia. Na maioria dos casos, os idosos tiveram filhos que já estão criados, há caminhos trilhados, experiência acumulada e tempo disponível. Referências DIAS, MARIA LUIZA. Profissão - no rumo da vida. São Paulo: Ática, 2002. Família e escolha profissional. In: Vários autores/sem organizador. A escolha profissional em questão. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1995. Pensando a família no processo de escolha profissional. In: Barros, Delba Teixeira Rodrigues, Lima, Mariza Tavares & Escalda, Rosângela (Orgs.). Escolha e inserção profissionais: desafios para indivíduos, famílias e instituições. São Paulo: Vetor, p. 259-275, 2007.] Cadernos da Série Atividades em Orientação Profissional. São Paulo: Instituto Pieron Ed., n. 1 a 3, 2007. Maria Luiza Dias é psicóloga e cientista social. Doutora, pela USP. Coordenadora do Curso de Especialização e do Serviço de Orientação Profissional do Instituto Pieron. Atuação clínica no atendimento a adolescentes, adultos, casais e famílias.

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