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segunda-feira, 23 de julho de 2012

O desmame e anorexia infantil

O desmame e a anorexia infantil  Luciana Saddi Há muitas crianças que trancam a boca diante da comida, que cospem o alimento ou que se recusam a comer. Algumas restringem o cardápio de tal maneira que uma verdadeira monotonia alimentar se forma. Outras comem somente em suas casas ou em lugares escolhidos. Para essas crianças e suas mães as refeições se tornam verdadeiras guerras. Boa parte da vida do bebê gira em torno do mamar, até porque sua sobrevivência depende disso. Ele precisa de cuidados para viver e é totalmente dependente. Desde o nascimento, a criança apresenta características psicológicas e formas de reação próprias que interagem com as características de personalidade das pessoas que dela cuidam. Na relação de dependência com a mãe e cuidadores a personalidade humana se constitui. O comer e a comida são elementos fundamentais nessa relação e na cultura das famílias. Assim, quando um bebê mama ele não ingere apenas leite, ele se nutre emocionalmente, brinca, ama, odeia e sofre. A forma de mamar tem relação com a personalidade do bebê. Alguns são esganados e mamam como se fosse a última vez; outros são parcimoniosos. Alguns são calmos até que a fome aperte, quando se tornam terríveis, outros bebês aguentam esperar o leite e reclamam pouco. Diga-me como mamas e eu te direi quem és. Se o mamar é tão importante para o bebê, o desmame não pode ser encarado como um momento trivial. É um momento delicado. É a primeira grande perda da vida da criança. Emoções intensas são convocadas – nem todos os bebês lidam bem com a separação do seio e com sua substituição. Alguns sentem falta do contato íntimo com a mãe, outros recusam os novos alimentos, que podem ser sentidos como ameaça à vida. Deglutir e mastigar são ações que exigem mais da criança, ela pode se ressentir muito com esse tipo de mudança. Os motivos que levam uma criança a se indispor com o alimento e a temê-lo são variados. Quando ela se recusa a comer, a ponto de ter uma anorexia é necessário investigar como se dá a relação com o seio, com o leite e com a mãe – desde o nascimento. Transformações na organização familiar também podem afetar o comer. A morte de um parente, mudança de casa, nascimento de irmãos e separação dos pais podem levar a criança a ter uma relação perturbada com o alimento ou até mesmo recusá-lo. Observamos que o bebê se ressente, adoece ou perde apetite quando ocorre uma simples viagem de fim de semana. Imagine como ele pode reagir quando mudanças maiores ocorrem em seu cotidiano? Doenças e internações hospitalares também podem afetar a maneira pela qual a criança come. Algumas vezes, a criança protesta fazendo uma espécie de greve de fome. Outras, observamos angústias e ansiedades intensas nos quadros de fobia alimentar. Mães se desesperam quando os filhos se recusam a comer e usam estratégias para forçar a alimentação, essas em geral não funcionam e são perniciosas porque estabelecem relações viciosas de punição e recompensa. Devemos procurar entender qual o sentido da recusa de comer para cada criança. Buscar respostas singulares para esse sofrimento

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