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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Escolha seu canal:más notícias não fazem bem

Escolha seu canal: más notícias não fazem bem Lilian Graziano Más notícias na TV - "... além do estresse que assimilam num dia atribulado e cheio de dificuldades, nossos neurônios formam redes nutridas por esse ciclo de enorme negatividade, pessimismo e ansiedade" Nesses tempos, ver TV é um ato de coragem, tamanhas são as barbaridades que a imprensa nos empurra goela abaixo, tais como crimes, tragédias e corrupção. É tanta má notícia (e explorada à exaustão), que a gente se sente triste, com medo e, em casos extremos, deprimido e em pânico. Pois, segundo as manchetes, viver, ser feliz... tudo isso é quase impossível. Essa mensagem também vem de fontes como jornais impressos, revistas, rádio e internet, chega em feeds RSS, direto nos tablets e celulares. Nos consultórios psicológicos, quantos não são os casos de transtornos de humor influenciados ou agravados, de certa forma, pelos noticiários? É claro que a gente deve saber de nossas mazelas, para corrigi-las, reivindicar melhorias, não nos deixar enganar com discursos piegas em meio a visíveis problemas de ordem social, política e econômica. Mas nunca a nossa mídia foi tão democrática como agora, com informações sobre qualquer coisa que possamos imaginar à nossa disposição. O que espanta é que, no entanto, seguimos alimentando esse ciclo dos horrores, das péssimas notícias, que contribui para o adoecimento das pessoas. É assim que, além do estresse que assimilam num dia atribulado e cheio de dificuldades, nossos neurônios formam redes nutridas por esse ciclo de enorme negatividade, pessimismo e ansiedade. Além de nos informar sobre a miséria humana, é bom também saber que podemos levar uma vida mais leve, com hábitos mais saudáveis, com olhos e ouvidos mais atentos às boas notícias de todo o planeta (porque, sim, elas existem!). Podemos divulgá-las em tempo real, comentar, criar redes para discuti-las, repercuti-las. Essa segunda opção cria mentes mais otimistas, com redes neurais orientadas para esse propósito, com sinapses menos sobrecarregadas pelos neurotransmissores ativados pelo medo, pela tristeza e pelo estresse. E como é possível ficar livre desse ciclo? Simplesmente escolhendo com critério a programação televisiva, suas fontes na internet, seus canais de rádio e notícias via dispositivos móveis. É triste, mas a exploração do extremo humano é generalizada. Em muitos casos, o dial, as teclas dos computadores, as telas dos celulares e tablets e o controle remoto devem simplesmente ser substituídos pelo botão off. Devemos ditar as regras de um mundo melhor, a começar pelo que lemos, ouvimos e vemos, e depois rumo a outras direções e iniciativas. Esse ciclo desperta também certa obsessão. Tal comportamento está ligado ao fato de que é comum a ilusão de que se desconectar dessas informações ruins é algo alienante, medida que irá nos deixar desprotegidos das maldades possíveis do mundo, das quais os noticiários nos lembram incessantemente. Alienar-se não é o conselho, mas sim, dosar a audiência dos veículos acostumados a picos de telespectadores, internautas e ouvintes diante das más notícias. Isso para que atuem diferente, que enalteçam mais do que o medo e a necessidade de proteção para viver. Que destaquem em suas programações, a esperança, as saídas possíveis para os piores problemas da humanidade. Comum é ainda a espécie de catarse que essas reportagens produzem: o indivíduo exposto pela mídia em situação degradante nos faz lembrar de quanto somos bons (porque nos compadecemos de seus problemas) e de quanto estamos bem (melhores do que ele), o que provavelmente, muito contribui para nosso interesse mórbido pela tragédia. Lembre-se que o referencial, porém, deve ser outro. O ponto onde se quer chegar e estar e o quanto se quer modificar da própria realidade, para que ela seja mais feliz.

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