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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Minha esposa acha que me relaciono em excesso com a minha família. Como administrar isso?
Minha esposa acha que me relaciono em excesso com a minha família. Como administrar isso?
Anette Lewin
Sou casado há 7 anos, tenho 33 anos e minha esposa 28. Vivo um dilema que me incomoda muito em minha relação. Minha família é extremamente unida e além de eu gostar desse convívio, eles me cobram muito essa companhia. Porém, minha esposa teve uma criação totalmente diferente, sem ligação com os pais e irmãos. Nossas brigas sempre têm a ver com esta ligação minha e de meus familiares. Porém, não consigo administrar esta situação, pois falar aos meus familiares que minha esposa acha isso um excesso seria botar lenha na fogueira. Teria alguma dica para que eu possa amenizar esta situação?
"Pela lei do bom senso, se o marido gosta de estar com sua família de origem e a esposa não, o melhor é que ele vá visitar sua família sozinho. Dentro de uma frequência razoável, é claro!" Resposta: Casar-se significa iniciar a formação de uma nova família.
Assim, o foco principal do casal deve ser essa nova família. A antiga, continuará a existir mas assumirá, com o passar do tempo, um papel coadjuvante. Sim, as antigas famílias do novo casal já tiveram seu momento protagônico, já foram os atores principais quando se casaram. Nada mais justo que o novo casal tambem viva esse momento em que, sob a luz dos holofotes, iniciam a construção de sua identidade familiar, não é?
É claro que as famílias de origem não podem e nem devem ser esquecidas. Mas cada um tem seus hábitos e cada família de origem transmitiu valores e costumes que serão o modelo para seus membros. No caso do e-mail acima, o marido tem uma família mais afetiva do que a esposa. Para ele, estar em família é um prazer, para ela... nem tanto. E agora? O que fazer com essas diferenças?
Bem, diferenças não são defeitos. Assim, nesse caso, não se pode dizer que o marido está mais certo do que a esposa ou vice-versa. Cada um tem seus porquês e, certamente, hábitos criados ao longo de pelo menos 20 anos, dificilmente se modificarão de uma hora para outra.
A solução não é tão difícil assim. Pela lei do bom senso, se o marido gosta de estar com sua família de origem e a esposa não, o melhor é que ele vá visitar sua família sozinho. Dentro de uma frequência razoável, é claro! E que ela faça um pequeno esforço e o acompanhe em ocasiões "especiais" como casamentos, aniversários, etc. para que não se crie um clima de guerra declarada.
O bom senso tambem reza que ele não leve à sua família de origem as brigas ou conflitos com sua mulher. Como ele mesmo diz, isso seria botar lenha na fogueira.
Assim, nas visitas à sua família de origem devem ser abordados temas referentes a esse núcleo familiar apenas. Nada de usar a família como depositaria de problemas conjugais. Como diz o ditado, roupa suja se lava em casa. Caso perguntem por que ela não veio... tente protegê-la em sua resposta, nunca acusá-lá!
E o mais importante: embora nosso internauta tenha uma família de origem considerada como um bom modelo, jamais poderá esquecer que seu modelo não é o único que funciona. Ele escolheu uma pessoa com hábitos mais individualizados; alguem que se acostumou, provavelmente, a tomar decisões apenas com a própria cabeça sem compartilhá-la com muita gente; alguém que se sente bem com uma única pessoa a seu lado e curte momentos de calmaria apenas a dois; alguém que aprecia a intimidade e o silêncio de uma casa ou de um cinema; enfim, alguém que pode apresentar a ele prazeres diferentes dos que ele aprendeu a valorizar até agora. Vale a pena aprender a viver o novo na companhia da pessoa que, afinal, o conquistou.
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