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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Para onde vamos?

Para onde vamos? Dulce Magalhães "Assim vivemos um paradoxo entre o progresso e a moral" Nos idos de 1500, nossos patrícios portugueses se lançaram numa das mais fascinantes aventuras humanas, a descoberta do Novo Mundo. Podemos imaginar a coragem daqueles navegadores que enfrentavam as dificuldades de mares desconhecidos, com suas frágeis Caravelas, e buscavam concretizar a "fantasia" de alcançar novas e verdejantes terras. Hoje, 500 anos depois das primeiras descobertas, o ser humano está se lançando numa viagem ainda mais fascinante, também repleta de perigos e que pode mudar completamente, mais uma vez, o rumo da História. Estamos cruzando os limites da produção e manutenção da vida. A clonagem de animais já abre possibilidades para clonagem de órgãos humanos. Muito mais adequados, os órgãos clonados seriam do próprio paciente e não correriam o risco de rejeição. Transplantes de cabeça (!), por exemplo, já são tratados como possibilidades científicas e não mais como ficção. Uau! Essa taquicardia e inquietação que nos afeta ao vermos e ouvirmos sobre tais notícias são um misto de curiosidade mórbida e horror esperançoso. O fato de não vislumbrarmos o que vem depois desse horizonte próximo nos dá vertigem. Parece que estamos subindo rápido demais pela montanha da longevidade, entretanto o cume não está à vista e voltar se mostra mais arriscado ainda. Mudanças poderosas nos assustam. Desde a descoberta do fogo, o ser humano vive em sobressaltos graças à sua própria curiosidade progressista. Nosso histórico moral não garante que todas as descobertas trarão benefícios à humanidade. A energia atômica foi utilizada para cura do câncer e para dizimar milhares de pessoas. Estaremos cruzando uma fronteira ética? Devemos avançar pelo desconhecido e inóspito caminho que se apresenta? Quem sabe! Percepção e instinto não garantem nenhum tipo de resposta e o conhecimento só será possível após o avanço. Assim vivemos um paradoxo entre o progresso e a moral. Há muito o que se descobrir sobre a Natureza, o Planeta, o Universo. Contudo, há muito mais a descobrir sobre nós mesmos. É duvidável que se possa responder a eterna pergunta Quo Vadis? (aonde vais?) em uma busca externa. O tempo se mostra tão escasso, há tanto a saber. Estaremos fazendo as perguntas certas? Parece que o dedo apontando para fora, exigindo mudanças ao redor, não apresenta a solução esperada. Uma reflexão humana sobre a ética que conduz nossas relações. Um olhar prolongado sobre os valores que estamos repassando para nossas crianças. Uma projeção do futuro a partir de mudanças significativas em nossa organização social e distribuição de oportunidades. Todos esses pensamentos somados, a partir de um amplo plano pessoal de mudança e de sua aplicação, vão gerar respostas poderosas para o processo de ser cada vez mais humano. Parece ilógico que o Ser Humano precise aumentar o seu nível de Humanidade. Entretanto. é isso o que realmente nos falta para cruzarmos sem medo qualquer fronteira. Podemos nos lançar no mar da incerteza, navegando nas Caravelas do Progresso. Podemos descobrir Novos Mundos, novas dimensões ou novas formas de viver nesse nosso Velho Mundo. Apenas devemos pensar que os fins não justificam mais os meios. A maneira que escolhermos trilhar o progresso vai definir o resultado alcançado. A eficiência vem substituir o reinado da eficácia. Vencer a qualquer custo tem cobrado um preço alto demais. No caso do incêndio em Roraima ocrridos erm março (2014), por exemplo, levamos preciosas semanas discutindo se a ajuda internacional seria uma afronta à nossa soberania (!). Enquanto isso, nossa preciosa floresta ardia nas chamas da burocracia e da indiferença. Vamos preservar a soberania de um território devastado. Tudo bem, mas ao menos se caímos foi de cabeça erguida. Não seria melhor ficar de pé, mesmo escorado por outros? Perder sozinho me parece menos relevante do que ganharmos juntos. Vã filosofia. Esse episódio demonstra bem o quanto temos que superar em nós mesmos. O Homem já conseguiu deixar a marca de seus passos no solo lunar. A telefonia chega aos confins da Terra. Máquinas poderosas podem até voar. Só não sabemos ainda como cavar um poço no ressequido nordeste brasileiro ou diminuir a violência no trânsito. Talvez com todos esses avanços, o ser humano esteja um pouco mais próximo de Deus. EntendÊ-lo, conhecÊ-lo, certamente nos fará melhores. Entretanto, o grande risco será de tentarmos substituir Deus. Será que se pode clonar almas?!

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