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sábado, 21 de março de 2015

Por que amo essa pessoa tão obsessivamente?

Por que amo essa pessoa tão obsessivamente? Tatiana Ades "Somos seguidores de sensações passadas e nem ao menos sabemos disso..." "Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que encontrasse a imagem, que entre mil, conviesse ao meu desejo. Eis um grande enigma do qual nunca terei a solução: por que desejo esse? Por que o desejo, por tanto tempo, languidamente?... " (Roland Barthes - Fragmentos de um Discurso Amoroso) Neste pequeno trecho de Roland percebemos a perplexidade que o amor causa, assim como o questionamento do porquê nos vincularmos tanto a uma pessoa x e não a outra y, sendo que a y se mostra mais amável e compatível conosco. O que faz com que nos fixemos com afinco em uma pessoa e essa sensação de amor e vínculo acabe se tornando uma obsessão? Freud dizia que quando pequenos nos apegamos a diversas imagens, gestos, cheiros, de nossos progenitores, de forma inconsciente nos apegamos a "algo" em um momento de carinho, por exemplo: uma criança pode receber carinho de seu pai, num momento de carência grande, e esse pai possui uma barba ruiva rala. Quando adulta essa pessoa, sem ter a menor consciência do porquê, se vê extasiada por um homem com uma barba semelhante a de seu pai, o inconsciente recebe um estímulo guardado de "carinho", sensação que marcou aquele momento antigo. E dessa forma, sem entender o porquê a imagem física fica presa à sensação passada que a pessoa vivenciou e assim cria-se um processo de fixação e até de obsessão. Somos seguidores de sensações passadas e nem ao menos sabemos disso, por isso ficamos tão perplexos com certas escolhas em relação ao amor que sentimos por uma pessoa e não por outra. Freud define a fixação como "Fixação é um congelamento no desenvolvimento, que é impedido de continuar. Uma parte da líbido permanece ligada a um determinado estágio do desenvolvimento e não permite que a criança passe completamente para o próximo estágio. A fixação está relacionada com a regressão, uma vez que a probabilidade de uma regressão a um determinado estágio do desenvolvimento aumenta, se a pessoa desenvolveu uma fixação nesse estágio". Muitas vezes esse processo é repetido, ou seja, quando há um término, a pessoa sem saber por que irá buscar as mesmas características da pessoa anterior. *Imprinting Lorenz estava interessado no estudo dos animais no seu contato com a natureza e na forma como sobreviviam nos ambientes reais. Sugeriu que as espécies animais estão geneticamente construídas para aprenderem tipos específicos de informação que são importantes à sua sobrevivência. Estudo à cerca do processo imprinting que ocorre no desenvolvimento dos animais e dos seres humanos. Em experiências com animais, Lorenz percebeu que nas primeiras horas de vida há um período decisivo para o seu desenvolvimento. O imprinting, observado por Lorenz é o processo de fixação da idade infantil, onde um animal pode seguir outro que não a sua mãe verdadeira,caso receba estímulos e cuidados desse outro animal. Passa então a assimilar esse outro como protetor e sensação de progenitor. Konrad Zacharias Lorenz (Viena, 7 de Novembro de 1903 - Viena, 27 de Fevereiro de 1989) foi um zoólogo, etólogo e ornitólogo austríaco. * Imprinting: é como um início da aprendizagem;"copiar" o progenitor e seguí-lo. É o primeiro modelo possuído pelo animal e que levará com ele.

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