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sábado, 26 de janeiro de 2013
Homens e mulheres tendem a reagir de modo diferente ao assédio moral
Homens e mulheres tendem a reagir de modo diferente ao assédio moral
Karina Simões
"O assédio moral “é como um assassinato psíquico, um processo contínuo de agressões que destrói lentamente a dignidade do sujeito” Uma crescente queixa de mulheres na minha prática clínica me fez parar e pensar em escrever sobre assédio moral.
A humilhação, seja no ambiente de trabalho ou em qualquer ambiente, pode provocar traumas e problemas de saúde que explico mais abaixo no texto. Essa humilhação frequente pode-se chamar de assédio moral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê um aumento das doenças ligadas às formas de gestão e organização do trabalho, que nas próximas décadas irão dar corpo a novas doenças profissionais, ou seja, doenças psicológicas.
Segundo Hirigoyen o assédio moral “é como um assassinato psíquico, um processo contínuo de agressões que destrói lentamente a dignidade do sujeito”. Assim, entendemos como uma forma de coação social, que pode vir a se instalar em qualquer tipo de hierarquia e é também conhecida como “terror psicológico”.
Cinco critérios que caracterizam o assédio moral:
1. Dano à dignidade e à produtividade do trabalhador;
2. Padrão repetitivo dos comportamentos degradantes;
3. O agressor apresenta intencionalidade nos seus atos;
4. A conduta é abusiva e se manifesta através de comportamentos intimidativos;
5. Os atos são premeditados por parte do agressor.
Prejuízos físicos e psicológicos do assédio moral
Na prática clínica percebemos claramente os prejuízos físicos e psicológicos que o assédio moral pode causar tais como:
- distúrbios cardíacos e endócrinos;
- alteração no sono;
- sudorese;
- problemas gástricos;
- dor muscular;
- diabetes;
- perda de memória;
- depressão;
- ansiedade elevada;
- estresse;
- dependência química;
- tentativas de suicídio;
- alcoolismo;
- síndrome de burnout (entenda esta síndrome);
- paranoia, entre outros.
Uma pesquisa conduzida pela médica do trabalho Margarida Barreto (PUC – SP/2005) afirma que: "O impacto sobre as relações sociais e afetivas das vítimas de assédio moral – 82,5% delas apresentam problemas de memória, 67% têm baixa autoestima e 60% desenvolvem depressão. Ela entrevistou 42 mil trabalhadores do setor público, de empresas privadas e de organizações não governamentais.
Mulheres e homens tendem a reagir ao assédio moral de forma diferente
Mulheres Homens
- Expressam sua indignação com choro, tristeza, ressentimentos e mágoas;
- Sentimento de inutilidade, fracasso e baixa autoestima, tremores e palpitações são constantes;
- Insônia, depressão e diminuição da libido também são manifestações características desse trauma.
- Sentem-se revoltados, indignados, desonrados, com raiva, traídos e têm vontade de vingar-se;.
- Ideias de suicídio e tendências ao alcoolismo;
- Sentem-se envergonhados diante da mulher e dos filhos, sobressaindo o sentimento de inutilidade, fracasso e baixa autoestima.
O importante é ficarmos alertas sobre os graves prejuízos que o assédio moral pode causar. Como nos ensina a psiquiatra e psicanalista francesa Marie France Hirigoyen: nessas agressões, morre-se lentamente deixando um pedaço de si mesmo.
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