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sábado, 23 de março de 2013
Qual é o seu estilo de amor?
Qual é o seu estilo de amor?
Embora usemos apenas a palavra “amor” para falar desta área, na realidade existem muitas formas de amar.
Neste artigo, vou usar a teoria Estilos de Amor, de John Alan Lee como base para analisar algumas das principais condições que levam ao apaixonamento, ao amor e que afetam a satisfação com o relacionamento. Vou expandir as concepções desse autor de acordo com algumas dezenas de entrevistas que realizei sobre esses estilos de amor e em dezenas de casos clínicos que aparecem no meu consultório.
Para aproveitar melhor a leitura desse texto responda o teste abaixo. Ele vai dar uma ideia do seu estilo de amor.
Estilos de amor de John Alan Lee
Leia cada uma das descrições abaixo e dê uma nota entre zero e dez para o quanto cada uma delas descreve a sua forma de amar. (Coloque as sua nota na linha que precede cada descrição).
(Nota- _____) Sinto atração imediata pelo parceiro. Esta atração é causada principalmente pela sua aparência. Geralmente sei descrever qual o tipo físico que me atrai. Pode haver amor à primeira vista. Grande atração física e interesse sexual. Sou seguro no amor. Não sou muito possessivo. Não temo entregar-me ao amor, mas também não estou ansioso para amar. Afirmação típica de quem tem este estilo de amor: "O nosso relacionamento sexual é muito intenso e satisfatório." (EROS)
(Nota- _____) O meu amor que nasce a partir de uma amizade e demora um longo tempo para se desenvolver. O meu amor é baseado em interesses compartilhados e nas semelhanças entre mim e os parceiros. As atividades em conjunto são importantes. O contato sexual é menos enfatizado e começa relativamente mais tarde. O meu amor não se caracteriza pela presença de uma grande paixão. Afirmação típica de quem tem este estilo de amor: "O melhor tipo de amor é aquele que se desenvolve a partir de uma longa amizade." (ESTORGE)
(Nota- _____) Encaro o amor como um jogo que acontece simultaneamente com diferentes parceiros. Não emoções. A ênfase recai na sedução e na idéia de liberdade sexual. As promessas que faço são válidas apenas no momento em que são apresentadas e não no futuro. Afirmação típica de quem tem este tipo de amor: "Eu gosto de jogar o jogo do amor com diferentes parceiros, simultaneamente." (LUDOS)
Nota- _____ O meu amor é experimentado como uma emoção quase obsessiva e preocupante que domina praticamente tudo. Esforço-me para atrair, quase continuamente, a atenção do parceiro. Tenho ciúmes e muita possessividade. Afirmação típica de quem tem este estilo de amor: "Quando meu amor não me dá atenção eu me sinto completamente doente." (MANIA. Composto de Eros e Ludos).
Nota - _____ A compatibilidade entre mim e meus parceiros e as nossas necessidades mútuas de satisfação são muito importantes. Este estilo de amor às vezes é chamado de shopping list love porque as pessoas deste estilo examinam os pretendentes para ver se atendem a uma série de expectativas antes de se envolver com eles. Afirmação típica de quem tem este estilo de amor: "Eu tento planejar a minha vida cuidadosamente antes de escolher um amor." (PRAGMA. composto de Ludos e Estorge)
Nota - _____) Os cuidados com o parceiro e a preocupação em auxiliá-lo a resolver seus problemas são muito importantes para mim. A ausência de egoísmo é uma das características centrais deste tipo da minha forma de amar. Afirmação típica de quem tem este estilo de amor: "Eu prefiro sofrer a fazer o meu amor sofrer." (ÁGAPE. Composto de Estorge e Eros).
(Teste adaptado do livro “O Mapa do Amor”, Ailton Amélio da Silva, Editora Gente. Esse teste também foi incluído em um artigo anterior desse blog).
Variações na facilidade para apaixonar e amar
Uma enquete que realizei mostrou que estudantes universitários de aproximadamente vinte e quatro anos de idade já tiveram 3,6 paixões e 1,3 amores na vida. Um ponto interessante dessa enquete é que ela mostrou uma grande variação interpessoal na quantidade de paixão: variava entre zero (4,2% dos estudantes) e sete ou mais paixões (9,4%dos estudantes). Também havia uma grande variação interpessoal na quantidade de amores: varia entre zero (12.6% dos estudantes) e mais que quatro (2,8% dos estudantes). A grande maioria dos estudantes teve quantidades de paixões e amores que ficava entre esses extremos.
Essas percentagens indicam que a capacidade para se apaixonar varia muito mais entre as pessoas do que a capacidade de amar. Um dos motivos dessa variação é que a paixão dura pouco e, por isso, logo a pessoa fica pronta para outra, a paixão é pouco lastreada na realidade e paixão são amores que não deram certo classificados à posteriori.
Amores intensos e irrealistas
Somos capazes de estabelecer fortes ligações afetivas com coisas, animais e pessoas sobre os quais conhecemos pouco e supomos muito. Muita gente se “apaixona” por sapatos, carros e joias. Outras se ligam a animais e passam encará-los e a tratá-los como se fossem pessoas dotadas de personalidade, sentimentos e sensibilidades tipicamente humanas (humanização). Certas pessoas se apaixonam por quase desconhecidos e os idealizam como se eles tivessem qualidades admiráveis. Como a admiração é um dos principais requisitos para o apaixonamento, essa idealização torna esses desconhecidos apaixonantes.
Quando o amor intenso já está na pessoa pronto para ser desaguado
Essas pessoas conseguem se apaixonar com muita facilidade. Quem as conhece sabe que elas se encantam facilmente com possíveis parceiros amorosos. Por exemplo, quando vão a uma balada, a um congresso ou a show, rapidamente elas localizam alguém que as fascinam e ficam encantadas com tal pessoa durante o evento. Caso travem contato com essas pessoas “fascinantes”, e desenvolvam algum relacionamento amoroso, elas rapidamente se emocionalmente. Muitas vezes, são necessários apenas alguns minutos para que elas se envolvam fortemente, mesmo quando não sabe quase nada sobre tal pessoa e nunca trocaram uma palavra com ela.
Certas pessoas conseguem se apaixonar com muita facilidade. Quem conhece essas pessoas sabe que elas se encantam facilmente com possíveis parceiros amorosos. Por exemplo, quando vão a uma balada, a um congresso ou a show, rapidamente elas localizam alguém que as fascinam e ficam encantadas com tal pessoa durante o evento. Caso travem contato com essas pessoas “fascinantes”, e desenvolvam algum relacionamento amoroso, elas rapidamente se emocionalmente. Muitas vezes, são necessários apenas alguns minutos para que elas se envolvam fortemente, mesmo quando não sabe quase nada sobre tal pessoa e nunca trocaram uma palavra com ela.
Ser capaz de amar muita gente é de certa forma, uma maneira de ignorar as peculiaridades de cada das pessoas amadas. Como o estado amoroso já existe dentro do amante. Por isso ele precisa de muito pouco do outro para que o amor seja disparado. As pessoas que são capazes de se apaixonarem assim, ficam mais em contato com os seus sentimos e pensamentos do que com o objeto de suas paixões. Elas também tendem a superestimar o carisma, a beleza do amado. Algumas pessoas se extasiam diante da beleza de uma flor ou de um belo por de sol. As pessoas que amam assim se extasiam diante daquela pessoa que possui um conjunto mínimo de características que elas exigem para disparar seus amores.
“Realistas no amor”
Existem pessoas “realistas” no amor. Dois tipos de realistas são bem conhecidos: os pragmáticos, que examinam demorada e racionalmente as qualidades e defeitos dos parceiros antes de se envolverem com eles, e os estórgicos, que consideram o estabelecimento da intimidade como um requisito imprescindível para o amor. Os aspectos românticos e sexuais do amor não ocupam um papel muito importante para estes dois tipos de realistas.
Amores de baixa intensidade
Três grupos de pessoas não desenvolvem amores intensos pelos seus parceiros: os insensíveis ao amor, os lúdicos e os agápicos.
Os insensíveis ao amor são aquelas pessoas que não se entregam a esse sentimento. São aquelas que respondem nunca às perguntas: “Quantas vezes você já se apaixonou?” e “Quantas vezes você já amou?” Existem diversas causas possíveis para essa insensibilidade. Duas das principais delas são as seguintes: pais frios e ausentes na infância.
Os lúdicos se interessam por muitas pessoas de diferentes tipos, mas não se ligam profundamente a elas. Para eles, não importa muito as características do parceiro. O que importa é o jogo da conquista. Assim que esse jogo é ganho, o interesse diminui rapidamente.
Para os agápicos também se interessam por diversas pessoas. Para eles, as características pessoais dos parceiros também não são muito importantes. O que é mais importante é quanto esses parceiros geram oportunidades para que os agápicos ofereçam ajuda e pratiquem o altruísmo. Esse tipo de pessoa se realiza ajudando o próximo. Um estudo recente mostrou que desenvolvemos sentimos mais fortes por aqueles que ajudamos e cuidamos do que por aqueles que nos ajudam e cuidam de nós!
O amor pode ser despertado por uma combinação de fatores internos e externos ao individuo. Ou seja, existem pessoas mais ou menos propensas a se apaixonarem e situações que são mais poderosas para despertar o amor
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