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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Temer a vida é importante e não a morte: entenda por quê

Temer a vida é importante e não a morte; entenda por quê Lilian Graziano " 'Experimentar' uma abrupta ruptura da vida, a partir de um simples exercício proposto neste artigo, é entender que a felicidade não está somente na realização de conquistas" Arrepios e tristeza são reações comuns diante do assunto morte. É a negação irracional, mas biologicamente justificável, de algo que não se evita, mas eis a única certeza que temos, enquanto a Ciência não decola na descoberta de um elixir da eterna juventude: vamos amadurecer, envelhecer e morrer. Enquanto lê este enunciado, você deve estar se perguntando por que um espaço destinado à Psicologia Positiva traz à tona um assunto que, para muitos, é tão baixo-astral e de difícil digestão? Já que, por enquanto, trata-se de uma etapa irreversível de nossa vida - temê-la pode apenas garantir nossa sobrevivência em determinadas situações, mas não a descarta - é preciso encará-la de maneira mais positiva, natural. Isso para que a vida seja mais bem vivida, que não se evitem alguns riscos necessários à nossa felicidade, nem sejam trocados momentos de aflição pela morte inevitável por reflexões que impulsionam e melhoram a VIDA. Daí isso ser tema nesta coluna. Para entender a importância de mudar a forma de encarar a morte, em uma folha de papel, construa uma linha do tempo. Coloque seu nascimento, suas realizações passadas (os momentos mais importantes) e aquilo que deseja realizar nos próximos 5, 10 e 15 anos em pontos específicos dessa linha. Rasgue essa folha aleatoriamente. Que sonhos essa ruptura impossibilitou? Que realizações existiram antes desse "rasgo"que, muito obviamente, o leitor atento já percebeu se tratar da representação de uma morte abrupta? Onde isso vai levá-lo, além de arrepios, esconjuros e batidas na madeira? A intenção é verificar se vivemos esperando por realizações e felicidade. Muitas vezes acreditamos que isso estará sempre na próxima conquista, que será sempre mais gratificante que a anterior e, assim, erroneamente, construímos nosso projeto de ser feliz, paradoxalmente temendo algo que simplesmente desconsideramos nesse processo: a nossa finitude. A mudança já começa na decisão de desfrutar a felicidade em cada processo, e não a cada realização. Isso se dá com escolhas acertadas com nossa essência, com muito autoconhecimento. (E, sabe aquele monte de projetos que você colocou no final de sua linha do tempo, e que ficou na parte descartada do papel? Então, agindo assim, talvez você nem precisasse deles pra se sentir realizado(a) e feliz.) Além disso, nas pequenas ações, alguns comportamentos são tão autodestrutivos que esse medo da morte perde sentido. Observe o quanto, mesmo temendo tanto a dona Morte, muitos de nós fazemos de tudo para aproximá-la com nosso sedentarismo, nossos vícios e com pequenos impulsos devastadores. Para evitá-los (e evitar a morte como diretriz de vida), devemos voltar nossa atenção e disciplina ao uso dos recursos que podem prolongar, com qualidade, nossa existência nesta dimensão física. São eles: alimentação saudável, atividades físicas, hábitos moderados, lazer em dia e uma ampla rede social (amigos, família, comunidade). Perceba como isso ajudou às últimas gerações a serem mais longevas. E aos idosos a terem uma vida praticamente livre de certas limitações, até então bastante comuns na velhice. Mais do que chegar à conclusão de que a vida é feita de momentos, que devem ser vividos intensamente como se fossem os últimos (atenção, pois isto também pode se tornar um comportamento autodestrutivo), você perceberá a importância de temer a VIDA (e não a morte), não com uma atitude paralizante, mas tornando-a tão precisosa, dando-lhe tanto valor, que será impossível não viver da melhor forma possível. De maneira que, num "Juízo Final", a finitude iminente o(a) leve apenas a perceber que teve uma vida cheia de significado, realizações, felicidade e da plenitude necessária para a "Partida".

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