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domingo, 3 de novembro de 2013

Atração física: o que você pensa é mais importante do que a forma como você é!

Atração física: o que você pensa é mais importante do que a forma como você é! Aílton Amélio Quais são as propriedades ou atributos corporais que contribuem para a beleza física? Qual a importância relativa de cada um destas propriedades ou atributos? Temos mais respostas para a primeira destas perguntas do que para a segunda. Existem evidências de que os seguintes atributos estão fortemente associados com a beleza física: índice de massa corporal (peso dividido pela altura ao quadrado), sinais de juventude (índice de infantilização da face, quantidade e cor natural dos cabelos etc.), estado da pele e do tecido subcutâneo cujos efeitos são observáveis (rugas, flacidez, manchas, estrias, varizes e outras), simetria corporal (quanto o lado direito do corpo se parece com o lado esquerdo), sinais de gênero (tamanho dos seios, proporção cintura/quadril, proporção ombro/quadril, características faciais típicas de cada gênero, pilosidade etc.) e quanto os atributos físicos possuem formatos e dimensões que se aproximam da média da população (por exemplo, alguns estudos mostraram que rostos criados pelo computador cujos componentes eram médios em relação a vários rostos reais eram julgados mais bonitos do que cada um destes rostos). A autoavaliação da atratividade física é pouco relacionada com a heteroavaliação A correlação entre autoavaliação da atratividade física e a avaliação realizada por outras pessoas é pequena. Bernard Murstein, da Universidade de Connecticut, verificou que havia uma correlação de 0,33 para os homens e 0,24 para as mulheres entre os autojulgamentos e heterojulgamentos de atratividade física (Murstein, 1972). Ou seja, quando uma pessoa se autoavalia e é avaliada por outras pessoas existe apenas uma pequena relação positiva relação entre estes dois tipos de avaliações. Existem pessoas que se veem mais atraentes do que são para os outros, pessoas que se veem como mais feias do que são para os outros e pessoas que têm uma visão da própria atração mais próxima da visão de outras pessoas. A autoavaliação da atratividade física é mais positivamente correlacionada com uma grande variedade de atributos pessoais do que a atratividade física real. Isto indica que a forma como a pessoa percebe a própria aparência afeta mais o seu desempenho e autoatribuições de qualidades psicológicas e sociais do que a própria aparência em si. Relação entre atratividade física, atributos psicológicos e reações sociais As características dos atributos físicos em si podem produzir efeitos em uma grande quantidade de percepções: atração, credibilidade, julgamentos de personalidade, etc. Estas percepções podem ser influenciadas diretamente pela aparência ou serem mediadas por outros julgamentos (por exemplo: o que é belo é bom). A credibilidade de uma pessoa pode ser influenciada pelos sinais de raça, sinais de idade, índices de infantilização (que podem afetar em diferentes graus a percepção da idade: “Ele é velho, mas tem alguns traços infantilizados”.). Uma meta-análise sobre a formação de impressão (estereótipos), realizada por Feingold (1992), constatou que as pessoas fisicamente atraentes de ambos os sexos são percebidas como mais sociáveis, dominantes, sexualmente calorosas, mentalmente saudáveis e socialmente habilidosas - mas não como possuidoras de melhores caracteres. Estas pessoas também eram vistas como menos modestas do que pessoas fisicamente menos atraentes. Esta análise não apontou nenhuma relação notável entre atratividade física e os traços básicos de personalidade (por exemplo, sociabilidade e dominância e saúde mental), para ambos os sexos; os traços de caráter (por exemplo, autoabsorção e tendência para a manipulação) também não foram relacionados com a atratividade física. No entanto, traços de personalidade relacionados com comportamentos sociais - solidão, ansiedade social, autoconsciência - eram correlacionados com a atratividade física. As pessoas de ambos os sexos com boas aparências eram percebidas como menos solitárias e com menores graus de ansiedades sociais, tanto no geral e mais ainda quando estavam se relacionado com o sexo oposto, mas tinham um maior grau de autoconsciência pública. A aparência física estava positivamente correlacionada com medidas sociais (habilidades sociais, popularidade com o sexo oposto, número de amigos do mesmo sexo), mas eram apenas trivialmente relacionados com habilidades cognitivas. Mulheres atraentes eram mais permissivas nas atitudes, mas não nas escalas comportamentais. Homens e mulheres atraentes tinham uma tendência para participar de uma maior variedade de atividades sexuais. A atratividade autoavaliada estava mais relacionada com mais atributos examinados (extroversão, saúde mental, autoestima, conforto social, popularidade, com o sexo oposto e experiência social) do a atratividade hetero avaliada ambos os sexos. A autoconsciência pública, caráter, habilidades sociais e habilidades acadêmicas não eram relacionadas com os autojulgamentos de atratividade. Crenças infundadas sobre a relação entre tipos físicos e características psicológicas De uma forma simplificada, os endomórficos seriam os gordos, os ectormórficos os magros e os mesomórficos, as pessoas que têm peso “normal”. As pessoas que podem ser enquadradas em um desses três tipos físicos são vistas como possuidoras de características de personalidade típicas. Um estudo verificou que havia um grande grau de acordos entre pessoas que avaliaram os atributos de pessoas cujas silhuetas eram típicas de cada um desses estilos. Os adjetivos atribuídos por essas pessoas para os possuidores dessas silhuetas foram os seguintes: Endomorfo: dependente, calmo, relaxado, complacente, contente, lento, plácido, vagaroso, cooperativo, afável, tolerante, afetado, complacente. Mesoformo: dominante, alegre, confiante, enérgico, impetuoso, eficiente, entusiástico, competitivo, determinado, extrovertido, argumentativo, falante, ativo, dominador. Ectomorfo: afastado, tenso, ansioso, reticente, autoconsciente, meticuloso, reflexivo, preciso, pensativo, atencioso, tímido, desajeitado, cool e desconfiado. (Hickson e outros,2004, pag. 156. Veja a citação na segunda Nota, no final desse artigo). Embora exista um bom grau de acordo entre os avaliadores, isso não significa que esses três tipos de físico é tem as características psicológicas que as pessoas imaginam. Geralmente não há relação entre as características atribuídas a cada um desses três tipos físicos e as maneiras como essas pessoas são na vida real. Ou seja, tais avaliações são baseadas em estereótipos e crenças infundadas sobre a relação entre o tipo físico e os traços de personalidade. Em certa época era moda medir as conformações cranianas e tentar verificar se elas estavam associadas a tipos de personalidade. Por exemplo, Lombroso e certos pesquisadores nazistas desenvolveram esse tipo de estudo. Também foram realizados estudos para verificar se certas características faciais estavam associadas a características de personalidade como, por exemplo, se havia relação entre queixo quadrado e personalidade forte e determinada, ou entre a largura da testa e a inteligência. Nenhum desses estudos conseguiu encontrar evidências científicas muito fortes que indicassem que as características cranianas ou faciais prediziam características psicológicas.

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